Conjuntura Política: o Surubim que nos envergonha
30/09/2024Reflexões direcionadas ao novo prefeito ou prefeita da cidade
Quando procuramos enaltecer o progresso de Surubim, diante de seu crescimento urbano, esbarramos numa série de problemas que aumentam numa progressão bem maior e nos nivelam cada vez mais com os centros urbanos do terceiro mundo.
O pior de tudo é que parece serem invisíveis aos nossos administradores. Sai prefeito, entra prefeito e os problemas não param de crescer. Ocupo-me de nominá-los neste momento em face da proximidade das eleições municipais. Queira Deus que algum deles venha a ler este Conjuntura Política e que possa ficar alerta para a gravidade da questão.
A existência desse fosso que se aprofunda a passos largos diante de nossos olhos, nos afasta cada vez mais das cidades civilizadas do mundo.
O que enumero como o principal deles são os desmandos das calçadas que transformaram a cidade de Surubim numa cidade inimiga da terceira idade. Uma vergonha!
Se o Poder Executivo hoje pouco se incomoda ou se em gestões anteriores nada fez contra a invasão das calçadas que é um bem público, caberia ao Poder Legislativo cumprir o seu papel de criar leis e fazê-las serem respeitadas e, na ausência desses dois poderes, deveria o Ministério Público dar os ares de sua existência.
Quando circulamos pelo centro de Surubim, sobe-nos uma dessas decepções ao ter que caminhar em calçadas construídas em pedra lascão, à imagem e semelhança dos currais de gado.
Não podemos nos calar!
Quantas vezes somos obrigados a descê-las para caminhar pelo asfalto porque estão cheias de obstáculos ou porque foram completamente ocupadas por alguma construção, ou porque estão cheias de produtos à venda, ou pelas suas inclinações absurdas que afetam os que têm problemas nos joelhos?
Juntemos a esse longo repertório os buracos que se tem de pular. Some-se as entradas para as garagens, com rampas construídas como fez exemplarmente um proprietário de uma residência contígua ao prédio da Prefeitura de Surubim sem sequer ter sua construção suspensa pelos fiscais do município e o caos está completo.
É impossível descer a rua que une o Banco do Nordeste à Escola Técnica pelas calçadas! Lançamos esse desafio. Mas os absurdos estão disseminados por todo o município. O proprietário de uma residência na Lagoa da Vaca cercou completamente a calçada de sua casa. Tragicômico.
Por onde quer que se vá constatamos que os passeios públicos são uma terra sem governo e sem lei. Se os problemas com as calçadas nos afetam e se transformam num purgatório para a população que anda a pé, para os cadeirantes que são impedidos de as utilizarem, essa via de circulação direcionada para os pedestres são um verdadeiro inferno. Eles são jogados para as ruas onde disputam espaço com os automóveis.
Nós queremos viver numa cidade que nos trata bem, que acolhe seus filhos quando chegam à terceira idade, que cuida de seus cadeirantes com respeito!
Esse é um apelo que o Correio do Agreste dirige ao candidato que se eleger nas próximas eleições.
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